A suspensão das obras do projeto de bombagem e adução de água no Planalto Norte, Porto Novo, em Santo Antão, tem que ver com o atraso no pagamento ao empreiteiro das verbas relativas aos “trabalhos a mais”.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Ambiente, dono da obra, em causa está uma verba de 12 mil contos que está a ser mobilizada junto do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), no quadro do Projeto de Promoção de Atividades Socioeconómicas Rurais (Poser).
O delegado no Porto Novo, Joel Barros, explicou à Inforpress que os quase 70 mil contos, que correspondia ao financiamento inicial do projeto, lançado em 2019, está “realizado”, faltando, contudo, mobilizar junto do FIDA o restante financiamento para cobrir “os trabalhos a mais”, estando “o processo bem encaminhado”.
Esclareceu que dadas às características do Planalto Norte houve a necessidade de reformular o projeto e daí o surgimento de obras a mais que, apesar de moroso, o processo “está bem encaminhado” junto do FIDA, que assegurará os 12 mil contos para a conclusão deste projeto.
Razão pela qual, este responsável disse acreditar que os trabalhos, paralisados há duas semanas, serão retomados “brevemente” para a tranquilidade dos 600 habitantes do Planalto Norte.
Este projeto, co-financiado pelo Governo de Cabo Verde, FIDA e outros parceiros, tem como propósito levar água potável ao Planalto Norte a partir da nascente de Escravoerinhos, em Martiene, através de sete estações de bombagem, equipados com painéis solares.
Aquando do lançamento, em Setembro de 2019, este projeto, com um prazo de execução de oito meses, estava orçado em cerca de 70 mil contos, custo que aumentou para 82 mil contos dadas as particularidades dessa localidade.