O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, garantiu hoje que o Governo está a trabalhar na criação de condições para melhorar a posição de Cabo Verde no ‘ranking’ da cibersegurança. Informações avançadas durante a sua intervenção no debate parlamentar sobre “transformação digital e economia digital em Cabo Verde”.
Já o líder do principal partido da oposição, PAICV, Rui Semedo, disse que Cabo Verde é “o segundo pior em África”, e que o país não pode avançar se não tiver uma segurança nesse domínio e lembrou que Cabo Verde já foi alvo de ataques graves que provocaram apagões no País.
“Cabo Verde aderiu à convenção de Budapeste sobre o cibercrime, em 2018, tem uma legislação hoje muito desenvolvida, com criação da lei do cibercrime, da lei de proteção de dados pessoas, da lei do comércio eletrónico, das infra-estruturas de chaves públicas, da lei da assinatura digital e da lei da identidade eletrónica”, disse o primeiro-ministro, adiantando que o País criou o núcleo electrónico de cibersegurança e equipa de respostas às emergências informáticas a nível nacional.
Ulisses Correia e Silva frisou, que Cabo Verde foi sim alvo de ataque informático, assim como vários países já foram, e salientou que o importante, neste particular, é que medidas estão a ser tomadas para reduzir as vulnerabilidades. Neste sentido lembrou que em 2020 até à data o Núcleo Operacional para Sociedade de Informação (NOSI) investiu mais de 200 mil contos para uma nova arquitetura de proteção da rede do Estado com segurança mais evoluída e dedicada à detecção da intrusão e monitorização de ameaças em tempo real.
Apontou ainda que foi implementada uma nova arquitectura de autenticação da rede com alta disponibilidade e elevado nível de segurança e novos serviços de correspondência através do email para garantir a eficiência, transparência e segurança.
“Não estamos na mesma situação que estávamos antes do ciberataque. Houve medidas e a situação vai permitir reduzir a vulnerabilidade”, disse anotando, entretanto, que nenhum país do mundo, desde os mais evoluídos aos menos evoluídos tecnologicamente estão livres de receber ataques.
Ulisses Correia e Silva pediu aos deputados do PAICV que não tragam “a imagem de um País no chão relativamente a esta matéria”. Cabo Verde foi objecto de ataque sim. Medidas foram tomadas, medidas estão a ser tomadas para reduzir as vulnerabilidades e melhorarmos o nível de compromisso de Cabo Verde com a cibersegurança, que é um nível de um compromisso não só interno, mas também global”, garantiu.