O ministro da Agricultura e Ambiente Gilberto Silva disse hoje que 54 (%) das 330 mil plantas de morango das seis variedades diferentes importadas já foram vendidas e que as ilhas de Santiago e Fogo lideram nas aquisições.
Informação avançada no final de uma visita realizada hoje às parcelas dos agricultores de São Lourenço dos Órgãos e de Santa Cruz que adquiriram as plantas de morango importadas no passado mês de Fevereiro, para constatar “in loco” o processo de produção e a evolução das culturas.
“A ilha de Santiago, com quase 69 mil, e a do Fogo, com 63 mil plantas, são as grandes campeãs da aquisição das plantas de morango. Isto demonstra que as ilhas mais agrícolas estão a tirar maior proveito dessa oportunidade”, anotou o ministro.
Entretanto, o governante reiterou que com a importação dessas 330 mil plantas de morango como Melissa, Marisol, Albion, San Andreas, Portola e Cabrillo, num investimento que rondou os nove mil contos, Cabo Verde vai poder se dedicar à produção de morango durante o ano inteiro e não apenas entre os meses de Novembro e Abril.
Apesar de ainda não terem atingido tal meta, o ministro garantiu que está a trabalhar com os agricultores para que estes possam se dedicar à produção de morango durante o ano inteiro, tendo em conta que estas variedades são resistentes à seca e às mudanças climáticas, doenças e pragas.
Recordou que é com este propósito, que o Governo importou estas seis variedades diferentes de morango para que possam testá-las e ver quais é que têm maior adaptação às condições agro-geológicas.
É que, conforme explicou, há variedades que podem se adaptar bem em São Lourenço dos Órgãos e não em Ribeira dos Picos, em Santa Cruz e vice-versa.
Mesmo estando no início Gilberto Silva mostrou-se satisfeito com os resultados já alcançados, tendo em conta que vários agricultores já estão a produzir morangos e a vender a 500 escudos quilogramas (kg).
No seu entender, isso demonstra que o morango é uma planta que dá rendimento, que vai diversificar muito mais a mesa das famílias, que vai contribuir para a segurança alimentar e maior consumo de frutas.
Assim como o Governo, os agricultores acreditam que vai ser possível produzir o morango durante o ano inteiro, tendo em conta que ainda não notaram a presença de nenhuma praga, mas, para que tal aconteça, afirmam que o problema de água que se faz sentir de momento tem que ser resolvido.
No entanto, alertou que só mais água disponível não vai ser o suficiente para a agricultura, mas, que vai ser necessário que se poupe a água com a implementação irrigação gota-a-gota, e ainda a introdução de um produto no futuro para que a água fique retido mais tempo no solo e aposta em culturas que dão mais rendimentos, como por exemplo o morango.