Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias avança no quadro da criação da Universidade Técnica do Atlântico
A criação do Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias de Santo Antão é já um dado adquirido, uma instituição do ensino superior que estará virada para o ensino da agronomia, veterinária e outras áreas das ciências agrárias.
O secretário de Estado da Educação, Amadeu Cruz, confirma que o Governo tem já, em fase adiada, o processo de criação do Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias de Santo Antão para, precisamente, responder aos desafios de desenvolvimento sustentável desta ilha agrícola.
Com a instalação desse instituto, inicialmente prevista para 2019/2020, o Governo pretende encontrar “soluções estruturantes” no quadro do processo de desenvolvimento de Santo Antão, incidindo sobre a problemática de água, produção agrícola, de entre outros aspectos.
Para Amadeu Cruz, o Governo está a criar as condições com vista a trazer o ensino das ciências agrárias para Santo Antão, cuja concretização está a ter a parceria de catedráticos do Instituo superior da Agronomia de Lisboa, que consideram, por sua, vez que o projecto tem “pernas para andar”.
O alargamento do ensino superior público à ilha de Santo Antão passará pela institucionalização da Universidade Técnica do Atlântico, a nova universidade pública em Cabo Verde, que vai ficar sedeada em São Vicente.
Com efeito, o Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias de Santo Antão será uma unidade orgânica dessa universidade, que é “uma das três instituições -pilares” do Campus do Mar, criado em Julho passado, em Conselho de Ministros, e que está “em processo de institucionalização”.
“Estamos, de facto, a propor essa solução, com respaldo no regime jurídico das instituições de ensino superior em vigor em Cabo Verde. É a solução encontrada e proposta que viabiliza a institucionalização do ensino superior público em Santo Antão, respeitando rigorosamente aquilo que temos anunciado e defendido”, explicou Cruz.
“Enquanto secretário de Estado da Educação, respondível pelo sector da ciência e ensino superior, vou continuar a trabalhar para que Santo Antão tenha o ensino superior, para permitir aos jovens frequentarem cursos superiores, sobretudo, nas ciências agrárias, na sua própria ilha”, sublinhou o governante.
O primeiro-ministro, na sua recente visita a Santo Antão, em meados de Julho, reafirmou que a criação do Campus do Mar de Cabo Verde, no Mindelo, vai viabilizar o tão desejado ensino superior em Santo Antão.
Os primeiros cursos ministrados pelo Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Agrárias de Santo Antão deverão abarcar áreas como a agricultura, pecuária, água, floresta e energias renováveis.
Os autarcas e docentes em Santo Antão consideram que o ensino superior constitui “um grande desígnio” dos santantonenses, que, nos últimos anos, têm reivindicado, insistentemente, a criação de um Pólo universitário, como forma de proporcionar aos jovens a possibilidade de prosseguirem os estudos superiores na sua própria ilha.